VIVER SEMPRE - MORRER JAMAIS

Pensar, sentir, agir sem cessar: VIDA.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

DESEJOS DE MORTE – COMO QUERO MORRER?

Amigos.
Conforme eu prometi estamos começando o Curso da Arte de Bem Morrer; Arte da Boa Morte; enfim; até o título está em discussão – para conseguir colaboradores vou precisar de idéias e de anseios – coisas banais do tipo: quer morrer em casa, no corredor de um hospital de periferia sujo, vomitado, cagado e cheio de moscas em volta; numa UTI de luxo, entubado, limpinho e com urubus da carniça $ em torno, conveniados ou particulares; só em casa, refletindo sobre como viveu; rodeado de parentes e amigos que vieram dar um até logo? – A vida é um exame de múltiplas escolhas – claro que com muitas pegadinhas.
Como esta:
Cuidado com a ilusão do sofrimento:
A angústia de sofrer na crise da morte é comum; o que nos leva a pensar e verbalizar o desejo de uma morte súbita, rápida e indolor; nem fazemos idéia de que, com esse pedido, solicitamos á vida uma situação de pós – morte bem complicada; principalmente nos momentos em que a personalidade social está vencedora; e lógico; ela está muito apegada ao ter – possuir – aparentar – gozar; daí que, passada a crise da morte há um grande risco de nos transformarmos em obsessores atraídos e fixados pelo apego e pelas viciações dos sentidos em 3D já morando em 4D. Estilo o jogadorzinho de futebol brasileiro top line aqui; que ao chegar num país de primeiro mundo deixa de render o que pode como atleta, em virtude de sentir falta do tradicional, arrozinho com feijão – sair de um país de terceiro mundo e ser bem aceito num de primeiro e recusar por detalhes sem sentido prático é como morrer em 3D e continuar apegado ás sua besteiras.
Qual o tipo de morte mais prazeroso?
Cuidado com as escolhas do momento:
Tem gente que quer que o mundo acabe em barranco para morrer encostado. Outros desejam que o mundo acabe em aposentadoria eterna. Um amigo meu quer se suicidar tomando 3 “Viagras” para morrer gozando. Neste novo fórum da morte; espero que cada amigo leitor nos envie seu desejo de morte, para que juntos possamos pensar, refletir e seguir em frente de forma gozadora; mas feliz...

Usando a analogia do jogador de futebol; os que se transferem muito cedo e sem preparo breve retornam com uma mão atrás do rabo (nada a ver com $) e tentam recomeçar (renascer – uma nova vida – como fez o Robinho; que renasceu nos Santos e agora conseguiu uma nova chance no Milan – nada a ver com céu ou inferno – pois, o Milan é um purgatório cujo chefe é um demo).
De retorno ao assunto básico:
O ideal é batalhar por uma crise da morte precedida do envelhecimento, com tempo suficiente para exercitar a reflexão que facilita a adaptação, promove ajustes e dá ensejo a reparações. Preparo enfim (tal e qual o jogador de futebol). Qualquer um pode observar que, à medida que as pessoas envelhecem dormitam muito (alguns até engordam bastante), passam mais tempo no outro plano do que aqui e com isso, treinam a transferência de forma suave e tranqüila – já chegam, no time do astral como titulares absolutos. No chamado mundo moderno a transferência foi deslocada para hospitais (agenciadores da morte – empresários) onde a ignorância com relação ao fenômeno leva à sedação desnecessária do moribundo, o que, causa problemas durante a crise e depois dela; no trato com doentes terminais cuja morte é aguardada, há quixotescamente um exército de indivíduos lutando contra ela; e raros preparados para ensinar o doente a morrer; os que têm alguma assistência recebem apenas os conceitos emocionais religiosos de perdão dos pecados, céus e infernos sem racionalidade. Precisa-se com urgência de profissionais preparados para o tratamento psicoterapêutico da morte. Essa crise pode ser estudada por trabalhadores dos hospitais de doentes terminais para melhor compreensão e posterior aplicação.

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