VIVER SEMPRE - MORRER JAMAIS

Pensar, sentir, agir sem cessar: VIDA.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Rio - A AGONIA DA TRAGÉDIA CONTINUA...

No planeta são centenas de milhões, cá entre nós são mais de cinco milhões de pessoas que continuarão a viver em áreas de risco ambiental, tragédia após tragédia.
Será que elas não tem para onde ir? – Não há lugares mais seguros? – Será que com um pouco mais de investimento público não seria possível transferir cidades para locais mais adequados? – No lugar dessas pessoas o que eu faria?
A verdade é que resolver de forma definitiva é praticamente impossível; mas que é possível com políticas simples evitar muitas mortes, isso é.

Nosso assunto de hoje é a continuidade do sofrimento para as vítimas - tanto as que continuam aqui; quanto as que perderam o corpo físico.

Os sobreviventes num primeiro momento ficam “anestesiados” - até a dor física dos ferimentos quase não é sentida – a dor moral também pouco se manifesta; pois ainda não houve tempo de pensar nas perdas.
No auge do processo muitos revelam uma força interior adormecida que os transforma em heróis á vista dos telespectadores. Na hora H não se pensa em nada além de ter sobrevivido e das necessidades mais imediatas – mas a dor vai aumentando á medida que a realidade se torna nua e crua e diminui o interesse das pessoas em ajudar, colaborar.

Logo a dor física e moral se transforma em sofrimento.

Sofrimento é a dor interpretada.
Quando começamos a dar de cara com a realidade das perdas é que surge o sofrer; antes disso é só dor proporcional e de acordo com a visão de mundo de cada um – a tolerância á dor é individual.
Nossa vida sem determinadas pessoas que nos eram caras nunca mais será a mesma.
A paisagem, ás vezes exuberante, do local onde vivíamos apenas nos traz lembranças desagradáveis.
Até mesmo a perda dos bens materiais que nos custaram tanto a ganhar nos faz sofrer.
O descaso com que nossa dor é tratada logo após a catástrofe sair da mídia acentua o sofrimento.
Claro que também há o risco de nos tornarmos mortos insepultos da depressão, da angústia e que até possam surgir doenças físicas decorrentes do estado de luto.

Mas, e os que se foram?
Estaremos melhor ou pior do que eles?
Como estarão as vítimas fatais no além?

O resgate do lado de lá é tão ou mais complexo do que do lado de cá.
Deste lado quase sempre falta o básico para atender as necessidades do corpo: produtos de higiene pessoal, alimentos, medicamentos, sangue, profissionais da saúde, etc.
Do outro lado falta também o básico: “energia vital”, equipes de socorro e trabalhadores voluntários.
Por motivos os mais variados, nem sempre é possível atender de pronto a todos os que perderam o corpo físico.
Muitos irão reviver as sensações do desencarne durante muito tempo num mecanismo de fixação mental – grande parte demorará a descobrir e a aceitar que desencarnou. A forma e o momento de desencarne para muitos não fazia parte do projeto existencial; claro que isso complica um pouco a situação; evidente que cada caso é um caso diferenciado.

Nossa dica é para que as pessoas se preocupem em ajudar com doações os que sobreviveram; e que se lembrem da possibilidade de ajudar no socorro aos que desencarnaram. A energia enviada através de orações e vibrações é material de cura usado no plano astral pelas equipes de socorro. Muitas pessoas durante a saída do corpo físico podem participar como voluntários nessas equipes em hospitais de campanha no astral (parecidos com os que o exército monta para atender ás vítimas).

A finalidade deste bate papo foi alertar para o fato de que muitas mortes foram fora de projeto existencial dessas pessoas – poderiam ser evitadas; caso houvesse um planejamento mais adequado tanto para atenuar os problemas já existentes na ocupação do solo quanto avisar as pessoas com mais antecedência.

Para muitas vítimas o sofrimento no pós-morte será maior do que a dor e sofrer dos que aqui ainda permanecem.

Suas orações e meditação são por demais bem vindas.

Namastê.

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