VIVER SEMPRE - MORRER JAMAIS

Pensar, sentir, agir sem cessar: VIDA.

sábado, 27 de março de 2010

EMERGÊNCIA ESPIRITUAL

Um dos muitos desatinos da educação é a formação de múltiplas personalidades – nós nos “achamos os tais” e na real somos bem diferentes – além das encrencas causadas no dia a dia pela atitude de põe máscara; tira máscara (dentre eles o cansaço crônico); o grande problema do desconhecimento de nós mesmos; é no momento do desencarne – Pois, defrontar-se com uma criatura que desconhecemos e não aceitamos; nos leva á loucura e, depois habitamos um mundo íntimo chamado por alguns de umbral e por outros de purgatório – um real hospício onde passamos por demorada recuperação.

Estamos todos de malas prontas; e passagem comprada para 4D ou mundo dos espíritos; mortos...; só falta carimbar o passaporte – e nesta Era de transição pode ser a qualquer momento; sem muito aviso; e não importa a idade nem a forma: efeitos do estresse crônico; doenças transgênicas; desastres naturais.

Um dos maiores desastres a atrapalhar nossa evolução é crer na morte – ela não existe; e na chegada a 4D descobrir que tudo continua quase igual também enlouquece muitas pessoas.

A principal emergência a ser solucionada é o conhecimento de nós mesmos – se fomos bonzinhos ou mauzinhos é uma etapa seguinte. Os ainda malucos não podem avaliar-se nem julgar-se - princípio básico da Justiça Divina – claro que nas regiões umbralinas, muitos se arvoram em juízes e castigam e judiam dos que permitem anestesiados que estão pela própria culpa.

Como conhecer-se?
Como desvendar nossa realidade íntima?

A maioria de nós encontra-se num estágio intermediário do ciclo evolutivo. Imaturos que somos, vivemos em função dos impulsos inconscientes gerados pelo padrão do pensar-sentir-agir do passado, de muito tempo atrás, sem o comando do conhecimento de hoje, e sem saber próprio. Por isso, mais reagimos ao invés de agir. Manifestamos sem conhecimento e sem controle, nossos desejos, ainda pouco claros e desalinhados das leis da evolução, ignorando suas origens.
Inconscientes que somos; nós apenas refletimos emoções, pensamentos, sentimentos, atrações, repulsas, simpatias, antipatias, aspirações e repressões copiadas dos outros. Um complexo de sentir-pensar-agir que brota dentro de nós, sem sabermos como e por quê...
Somos ainda vítimas de nossos desejos e impulsos mal gerenciados; mas, por pura imaturidade e preguiça, trânsfugas, que somos dos desígnios da Vida.
Por exemplo: hoje, se desejamos possuir algo, não nos perguntamos se temos o direito de adquirir ou de concretizar nosso desejo. Sentimo-nos já donos do que queremos, quase sempre desrespeitando os direitos de outrem. Queremos, e isso basta, custe o que custar, interferindo ou não com a liberdade e o direito do outro, e assim agindo, interferimos com aqueles que nos cercam, e provocamos reações de violência de parte a parte, agressões, discussões, desajustes, conflitos, ansiedades, infelicidade, mortes.
Vemos o tempo todo; os defeitos e limitações dos que nos rodeiam e, somos ainda, incapazes de perceber os nossos próprios, que são sempre justificados, por causa de nosso pouco entendimento; por isso, sempre nos sentimos as vítimas dos outros, somos os coitadinhos, os injustiçados pela lei de causa e efeito... Vivemos para nossas paixões, e nunca encontramos motivos para abdicar delas em função de outra pessoa. Somos imediatistas, de necessidades elementares, com predominância das funções adquiridas no reino animal como: conservação, defesa, reprodução. Exacerbadas pelos constantes desvios no pensar-sentir-agir degeneram para: sensualidade, gula, agressividade. Expressam-se também como: ciúme, ódio, vingança, violência, luxúria etc.
O conhecimento de nós mesmos é a chave do progresso individual e da qualidade pessoal, e só pode ser realizado de forma consciente, por disposição própria, pela distinção clara das tendências e dos impulsos íntimos e, optando-se por mudanças na forma de ser; para quem quiser...

A disposição de conhecer-se a si mesmo pode surgir:
• De forma natural, como fruto do amadurecimento pessoal. Nesse caso, já é parte importante dos objetivos de vida de longo prazo.
• Provocada pela sensação de sofrer resultante da lei de causa-efeito que, também, é um meio de despertar a compreensão. É um sinal de pouca maturidade.
Analisa em que categoria tu te encontras; e estuda a natureza dos motivos que te levam a buscar mais qualidade pessoal. O ideal é, gradativamente, passar do grupo dois para o um.

Os métodos de auto/conhecimento:
• Conhecer-se pela observação na maneira de conviver com o próximo:
Nas inter-relações as experiências vividas encerram em si ensinamentos valiosos em todos os momentos. Podemos aprender muito na convivência social a respeito de nossas reações com o meio e das manifestações que o meio nos provoca. O relacionamento mais direto intenso, e primeiro, é no seio da família; depois: na escola, no meio social e no trabalho.
Inúmeros aspectos desconhecidos de nossa personalidade evidenciam-se naquilo que nos atinge emocionalmente, nos entrechoques sociais.
As reações observadas nos outros que mais nos incomodam, são precisamente, aquelas mais profundamente arraigadas, e negadas em nós. É o mecanismo de projeção. O que mais nós detestamos nas outras pessoas; é exatamente nosso padrão de defeitos de caráter, que negamos de “pés juntos” que não nos pertencem.
Raras vezes, entendemos e aceitamos claramente as manifestações emocionais íntimas, quando alguém nos crítica, ou comenta nossas dificuldades da personalidade. Reagimos, não aceitamos essas características e, procuramos justificá-los, como reativos a algo ou alguém; essa atitude é um sistema pouco maduro de defesa do ego...
Pelo convívio expressamos nossa situação evolutiva real, ou o nosso padrão de qualidade pessoal; pela análise, de como somos vistos pelos outros, fica mais fácil avaliar a distância entre o ser e o parecer.
Ser = parecer, é indicativo de boa qualidade pessoal.
• Conhecer-se pela dor:
É um método pedagógico automático de progresso: a lei natural de causa e efeito, o tão mal compreendido: “Bem aventurados os aflitos...” Pois, não existindo para sofrer, o Ser Humano, quando em sofrimento, reavalia, pára, pensa e muda - nem que seja motivado apenas, para deixar sofrer... Pode-se; por exemplo: tirar proveito da dor física ou da doença para promover a própria cura, entendendo-lhe a origem e as finalidades. Bem como, das dores morais, das traições, das perdas, dos sonhos não realizados...
• Conhecer-se pela auto-análise:
Um sistema prático de auto-análise pode ser retirado dos escritos de Santo Agostinho em seu livro “Confissões”, um livro muito “pesado” para a maioria de nós: preguiçosos de evoluir:
Diz Agostinho:
“Ao fim de cada dia, interrogo minha consciência, passo em revista o feito, e me pergunto, a mim mesmo, se não faltei ao cumprimento de algum dever...
Se ninguém teria motivo para se queixar de mim...
Assim, tento me conhecer e ver, o que, em mim, necessita de reforma...
Para a dúvida sobre quanto e como julgar-se a si mesmo, ensina:
“Quando estais indecisos quanto ao valor de vossas ações, perguntais como as qualificaríeis se tivessem sido praticadas por outra pessoa. Se as censurardes em outros, essa censura não poderia ser mais legítima para vós, porque Deus não usa de duas medidas para a justiça”.
E aconselha:
“Formulai, portanto, perguntas claras e precisas, e não temais multiplicá-las...”

A auto-análise é um processo sistemático, contínuo e permanente de estudo dos acontecimentos diários; capaz de fortalecer o consciente a penetrar nos domínios do sub e do inconsciente para recordar registros de experiências antigas a serem analisadas à luz de novos conhecimentos e de novos valores, modificando o padrão do pensar-sentir-agir.
Além disso, esse treino facilita que o consciente receba do superconsciente os rumos que delineiam nosso progredir e alinha a unidade de tempo: passado-presente- futuro aos objetivos das leis naturais da evolução, gerando impulsos que nos levam a novas resoluções e a novos procedimentos.

• Conhecer-se pela auto-análise dirigida:
Inúmeras pessoas são levadas a buscar ajuda psicoterapêutica para tratamentos específicos. Por esses tratamentos buscam conhecer as origens de seus distúrbios de conduta; aprendendo a identificá-los e a manter um relativo padrão de controle; tentando normalizar sua conduta ou sentindo-se mais feliz.
A maioria das escolas psicoterapêuticas ainda é limitada na forma de atuar; pois, permanecem na superfície do conjunto causa-efeito, ou buscam culpados externos para justificar o sofrer. O que não as invalida; pois são importantes recursos capazes de propiciar ao indivíduo, numa segunda etapa, a auto-análise consciente e por disposição própria; essa sim; profunda e transformadora. Novos recursos vêm sendo agregados à psicoterapia, como: a hipnose e a terapia de vidas passadas, sob hipnose; pois percebendo com mais clareza as escolhas do passado longínquo trabalhamos com mais liberdade e segurança as conseqüências vividas hoje; preparando um futuro mais feliz e com melhor qualidade pessoal e de vida no futuro. Também, algumas escolas de pensamento psicoterapêutico já se ajustam melhor às leis da evolução; enfocando a necessidade de agregar ao arrependimento, a reparação.
Reabilitar-se exige modificar-se, transformar a forma de pensar, sentir- e agir; de forma contínua e eterna; num processo de reengenharia existencial.

Avalie-se:

Use a princípio este simplório roteiro.
Depois, gradativamente, procure ampliá-lo e adequá-lo a si mesmo, à sua visão de mundo, aos seus valores e às suas condições de vida.

Leia, medite, seja claro, e analise os resultados:
1. Pensa que o conhecimento de si mesmo é importante para adquirir qualidade pessoal?
Sim ( ) Não ( ) Não parei para pensar nisso ( )
2. Consegue identificar a origem de seus impulsos e tendências?
Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos ( )
3. Considera que refletir sobre si mesmo é difícil?
Sim ( ) Não ( ) Ás vezes ( )
4. Quando perguntado sobre seu temperamento ou gênio o que costuma responder?
É difícil falar sobre si mesmo ( ) É uma pessoa normal ( ) Pergunta aos outros ( )
5. Já tentou relacionar e anotar seus principais problemas e dificuldades?
Sim ( ) Não ( ) Não acha necessário ( )
6. O que sente quando não consegue dominar seus impulsos?
Tristeza ( ) Raiva ( ) Indiferença ( )
7. Como reage quando percebe que ofendeu alguém?
Sente pena ( ) Fica indiferente ( ) Inquieta-se ( ) Desculpa-se ( ) Pune-se ( )
8. Já vivenciou alguma doença ou dor moral capaz de modificar profundamente seu modo de agir e reagir?
Sim ( ) Não ( )
9. Quando se percebe em erro como se sente?
Constrangido ( ) Deprimido ( ) Indiferente ( ) Procura corrigir-se ( )
10. Já procurou algum tipo de ajuda para se conhecer melhor, e de que tipo?
Psicoterapia ( ) Conselhos de amigos ( ) Filosofias religiosas ( ) Nada ( )
11. Quando busca melhorar sua qualidade pessoal, o que visa?
Melhora da vida material ( ) Evolução espiritual ( )
12. Acha que se conhecendo e controlando-se; sua qualidade de vida melhoraria?
Sim ( ) Não ( ) Indiferente ( )

Analise o que respondeu, pondere e conclua por si mesmo em que ponto se encontra de sua evolução pessoal.
Mãos à obra. Desvende esse grande desconhecido que somos nós mesmos...

Até o próximo bate papo.
Não perca tempo – pois, de ora em diante; até o final de 2012 – nunca se sabe o que nos aguarda.

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