VIVER SEMPRE - MORRER JAMAIS

Pensar, sentir, agir sem cessar: VIDA.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

APRESENTAÇÃO

Apresentação

Falar sobre a morte?
Que coisa mais sem graça!
Vamos mudar de assunto!

Fugimos do tema morte como o diabo foge da cruz. No entanto, a única certeza absoluta que temos na existência é que vamos morrer, a qualquer hora e a qualquer momento; estilo notícia extraordinária com direito a musiquinha e tudo no rádio ou na TV.
Dita a lógica que, no mínimo, deveríamos nos preparar para esse inexorável instante: a defuntação - pois sempre que somos pegos de surpresa, despreparados para viver uma situação qualquer, costumamos nos dar mal, ficamos atabalhoados; e pior, atrapalhamos a vida dos outros – Podemos nos complicar na hora da morte? – É possível não morrer direito? – Ficamos entre a vida e a morte por muito tempo antes de finalizar a existência? – O que é um morto-vivo? – É a mesma coisa que um vivo – morto?
Tal e qual a vida a morte é cheia de opções e de situações sérias e tragicômicas.
Que motivos nos levam a ignorar a morte como se ela fosse algo muito distante e que só visita os outros?
A base desses motivos é sem dúvida a ignorância, o medo e a intuição de devedores da consciência; e como isso nós temos aos montes: mesmo que digamos ao contrário; morremos de medo de morrer.

A idéia de ensinar; ou melhor; aprender junto com as pessoas a morrer uma morte bem morrida; veio do convívio com um amigo maluco que vive nos asilos tentando ensinar os velhinhos a morrer.
Será que é preciso aprender a morrer?
Será que há boa morte, má morte?
Educar para a vida ou educar para a morte?
Nascer, viver, morrer.
Nascer, viver, morrer, renascer.
Morrer na hora certa.
Morrer na hora errada.
Morte acidental.
Medo dos mortos.
E se eu morresse hoje?
O trabalho dos mortos.
Desejo de morrer.
Suicídio.
Eutanásia.
Morte adiada.
Vida inútil: morte útil.
Vida útil: morte inútil.
Planejar a própria morte.
A qualidade da morte.
Morte com sucesso.
A medicina e a morte.
Os herdeiros do morto.
A morte em vida.
A morte e os órfãos de pais vivos.
A morte e os vícios.
Estava morto e renasci.
A religião e a morte.

Enfim, essas são idéias de assuntos, só prá puxar conversa – melhor que seja nos “butecos da vida” do que em velórios: um dos locais de maior incidência da hipocrisia do candidato a ser humano.

Apenas prá ilustrar:
“Sabe qual a semelhança entre a sogra e a cerveja? – As duas são ótimas; geladas em cima da mesa” – Heheheeeeeeeee!!!
Tudo errado; é mais fácil lidar com uma sogrona daquelas de gibi, viva, encarnada; do que com a mesma do lado de lá e que não morreu direito; ela vai ficar te infernizando; e o pior: ocê não enxerga a bicha, a cobrona; apenas sente os efeitos de sua ação; do seu veneno mais sutilizado e mais mortal.
Caso o amigo tivesse um pouco de noção do que é a morte de fato; iria rezar e fazer promessas para que a querida sogrinha ou sogrona ficasse por aqui até aprender a morrer direito (nada contra as sogras, familiares, chefes e agregados em geral).

Boa parte de nossos problemas em vida seriam eliminados se aprendêssemos a morrer direito.

Antes tarde do que nunca.

Amigos alegrem-se; pois a cada dia surgem notícias confiáveis que até para a morte há solução.

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