VIVER SEMPRE - MORRER JAMAIS

Pensar, sentir, agir sem cessar: VIDA.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O QUE É A VIDA?

Falamos e repetimos conceitos que nos foram colocados ao longo de milênios a respeito da vida. Tipo: Deus nos deu a vida!
Mas, não fomos habituados a questioná-los:

Afinal o que é a vida?

Quanto maior seja o nosso conhecimento sobre o mundo científico e natural, maior será nossa dificuldade em definir a vida, pois não temos uma visão ainda clara sobre o vivo e o não vivo. Hoje, o que aparentemente, nos mostra a diferença entre o vivo e o não vivo é a capacidade de se reproduzir; de gerar algo.
Mas a coisa é mais complicada; pois, sob determinadas condições, até os cristais são capazes de se reproduzir. Reprodução e mutações genéticas ainda são as propriedades que nos ajudam a definir o que é a vida, e que, são também responsáveis pela sua perpetuação ou aniquilamento.

Então:
O que é vivo?
E o que não é?
Ao que nos parece, os seres vivos não tem controle sobre sua própria existência e sobrevivência. Mas, há uma exceção à regra: nós os humanos. Em teoria, somos seres vivos e inteligentes, por isso, já somos capazes, segundo a nossa vontade e a nossa capacidade, de causar modificações ambientais, que produzirão mudanças de bom ou mau padrão de qualidade. Somos vivos e somos deuses, se comparados aos outros daqui, da Terra.

Será?
O que nos torna mais vivos?

Se, mesmo entre nós; as diferenças são incalculáveis.

O que é um ser humano vivo, e o que é um ser humano morto?

Conceituamos neste bate papo, o ser humano como sendo vivo, quando desenvolve e aprimora suas capacidades criativas, e como morto, quando não usa nem desenvolve sua capacidade de gerar e criar de forma ativa, atuante e até revolucionária.
Entre o morto e o vivo, está a massa, o consumidor, o povão; e os piores são os morto-vivos: depressivos, angustiados, os em pânico, que são ladrões de si mesmos, de suas oportunidades e do que poderiam ajudar os outros.
Viver é gerar e trabalhar, melhorar, aprimorar segundo suas possibilidades já conquistadas. E não só: gozar, usufruir, copiar, ou fazer o que os outros ditam ou mandam...

Pensei comigo como desculpa e justificativa que, o assunto é muito denso; e que merece livros e livros de estudo – a conclusão foi rápida e severa: não vai dar tempo; se demorarmos a viver de forma simples e despojada; vamos nos enterrar em vida no túmulo da mediocridade da normose; sob a lápide: aqui jaz um consumidor que consumiu a si mesmo.

Eu ainda não me defini; ás vezes, eu acho que estou um morto; noutras, eu acho que estou um vivo; pois, encontro eco quando escrevo e converso com outros vivos; mas, na maioria das vezes; acho que estou morto, pois consigo interagir com poucos em assuntos criativos e que geram vida.

O amigo já parou para pensar: Prá que serve sua vida? O que está fazendo com ela?

Qual seu conceito de vida?

Não venham com essa de tuwitar; antes, eu preciso ressuscitar.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

DEIXEM OS MORTOS ENTERRAREM SEUS MORTOS

Realmente neste mundo há coisas além da lógica e até acima da nossa imaginação. Uma delas são as badaladas escrituras – dia destes um amigo meu ateu daqueles sindicalizados e de carteirinha; deixou-me mudo tentando fugir da conversa.
Seu raciocínio é lógico e pontual:
Segundo as escrituras Jesus arranjou seus seguidores entre pessoas simples e sem instrução; alguns até meio broncos como o Pedro. Ele não escreveu nada – Então; como é que “aqueles caras” com primário incompleto conseguiram escrever as escrituras alguns anos depois; e sem o auxílio de gravadores, estenógrafos, e da Net. Foram fiéis aos acontecimentos?
Quem ditou?
Quem escreveu?
Quando?
Sob que intenções?

Tudo que consta nas escrituras sempre foi dessa forma – ao menos nos registros planetários a que temos acesso. Nada do que ali está não consta no código de ética dos outros sistemas de crença – alguns até dizem que Sócrates foi o precursor de Jesus. E tantos outros até bem mais matusaléns.

Onde a novidade?
Talvez o Evangelho, resumido, e bem resumido, seja mais prático e fácil de assimilar pelas mentes ocidentais. Mas, somente quando praticado; nada a ver com a história.
A maioria dos pastores de rebanhos cristãos são estoriadores interesseiros que recitam abobrinhas o tempo todo; misturando velho e novo testamento – testamento; coisa deixada de quem para quem?

Tento mudar de assunto; mas, ele está com a corda toda – ontem a contragosto foi no enterro de um parente e hoje:
Quer falar sobre os mortos e seus defuntos – sobrou prá mim.

Segundo ele:

Algumas das parábolas de Jesus nos parecem estranhas.
A idéia de quem as compilou e ordenou era essa mesma; confundir para dominar (Mateus 8:22 – Lucas 9:60).

Diz a escritura, que, um certo homem, queria seguir Jesus; mas pediu-lhe permissão para primeiro ir enterrar seu pai. Jesus respondeu-lhe “Deixa que os mortos sepultem seus próprios mortos”.

Quem jogou isso no contexto sem ligação com o todo estava a fim de sacanear lucrando:
Como os mortos não podem enterrar ninguém. Isso parece não fazer sentido (até aí; eu concordo com ele).

Segundo a facciosa visão dos religiosos cristãos de maneira geral; essa colocação pode ser entendida: vivos seriam os que são crentes e contribuintes. Mas, então todos os outros das outras crenças seriam mortos; o que não é verdade; conforme podemos atestar pela postura de muitos prá lá de vivos como Ghandi; Sai Baba; Chico Xavier, etc.

Essa proposta de Jesus; ou de quem escreveu a escritura, para nos fazer raciocinar pode ser focada sob muitos aspectos:

- Segundo o despertar da consciência e sua amplitude – temos uma pequena parcela de vivos trabalhando ativamente em prol da luz; e outra pequena parcela de vivos trabalhando a favor das sombras; e uma legião de normais; inertes; mortos ou semi-vivos – os mortos insepultos – daí; viver e morrer; é questão de opção.
- Vida é eterno fluir – a estagnação é a morte. Segundo o raciocínio regional cristão: o rio Jordão é vivo porque nele a água e a vida flui – o Mar Morto e morto porque estagnado; não flui – simples assim.
- No terreno das idéias; os monodeístas estilo disco furado, são mortos – verdadeiros ovóides a tentar quebrar a casca e renascer. A cada nova idéia que permitimos entrar em nossa visão de mundo renascemos, vivificamos; trocamos; separamos; aprendemos... Morto é aquele que acha que tudo sabe. Todos os antigos donos da verdade estão mortos.
- No terreno da lógica; talvez Jesus; ou quem escreveu; tenha tido a intenção de nos alertar que vida ou morte é questão de referencial – pois, todo que se considera vivo já nasceu morto: assim que começamos a nascer já acionamos a contagem regressiva do morrer; daí, desnecessária a preocupação com o veículo físico.
- No terreno da sanidade psicológica criativa: vivos são os motivados em viver – mortos insepultos são os depressivos; os compulsivos; os em pânico com medo de viver; pois, nada criam; para pouco servem.
Eta cara chato esse meu amigo ateu, ele ganha quase todos nossos bate papos, obrigando-me a me recolher á sombra das minhas crenças – mas, ele está sendo meu melhor mestre; pois, me faz ficar pensando muito tempo.

Sua ultima charada: Ocê já procurou saber se tem alguma coisa prá você receber escrito nesses testamentos? – Quem é o defunto?